Em negociação na manhã de hoje, o presidente do sindicato, Fábio Primo, já havia indicado a possibilidade de acordo com a proposta de 4,2% de aumento.
"A gente sabe que quando tem uma decisão judicial
ela só leva em consideração a questão econômica, a questão da
compensação de horas, a jornada parcial. Só ia julgar o salário e o
tÃquete. A gente enxerga como um avanço. A gente coloca X itens na
pauta, mas é estratégico. A gente continua na batalha para retirar
totalmente essa compensação de horas", explicou. Na assembleia, ele fez
um apelo aos colegas. "Vamos ter calma, não é o que a gente desejava,
mas é o que temos para o momento", disse.
Proposta aceita
A proposta foi feita pela presidente do Tribunal
Regional do Trabalho, Débora Machado, durante nova mediação realizada na
manhã de hoje.
"Um reajuste de 4,20%, concessão de mais um ônibus
para a escolinha do sindicato, contratação de todos os empregados que já
estão em jornada parcial, até no máximo 1º de julho, todas as horas
prestadas, 50% serão pagas e os outros 50% vão ser objeto de
compensação, exceto de feriados, e o prazo de compensação reduzido para
90 dias. Em relação às avarias, se fixou o valor de R$ 2.500, no máximo,
para a cobertura na responsabilidade do empregado, com possibilidade de
divisão de até 20 vezes o valor", detalhou.Â
Assembleia
Após a apresentação da proposta no TRT, em Nazaré,
a decisão foi levada para a assembleia da categoria. Caso a greve
fosse confirmada, na sexta-feira (26), haveria o julgamento no TRT. Os
juÃzes avaliariam se os rodoviários cumpririam a legalidade durante a
paralisação, como por exemplo, manter 30% da frota em circulação.